Em uma obra intitulada Os serrenhos do Caldeirão – exercícios em antropologia
ficcional, apresentada em Fortaleza
durante a Bienal Internacional de Dança do Ceará do ano de 2015, a coreógrafa
portuguesa Vera Mantero realiza um estudo sobre os serrenhos, povo que habitava
as regiões montanhosas da Serra do Caldeirão, no Algarve, em Portugal, em um
passado não especificado. Através de fotografias, filmagens, entrevistas e trabalhos
de antropologia, Vera descreve a relação destes homens e mulheres com o tempo,
o trabalho, o pensamento. Observam-se momentos em que os serrenhos, povo
eminentemente rural, cantam em coro ao trabalhar nos roçados e na capinagem, ao
andar sobre a roda d’água para fazê-la girar. O canto, atividade lúdica, é
então apresentado como indissociável da atividade laboral. Em outro momento, os
serrenhos são apresentados como um povo com dificuldades em se relacionar com a
fé cristã, uma vez que não compreendiam a noção de dogma, bem como não
enxergavam a contradição no pensamento como um problema. As descrições, imagens
e filmagens seguem até o ponto curioso de uma revelação. Tal povo nunca
existiu. Os serrenhos são criação da “autora”, vieram à existência através de
recortes de imagens de outros povos, fragmentos de outras histórias, outras
narrativas, distintas temporalidades, bem como do uso de teorias de pensadores
como Viveiros de Castro e Antonin Artaud. Estas notas são, assim, uma homenagem
aos serrenhos, como uma carta enviada a um destinatário que surge apenas em
lampejos de insistência.
§
1. Todas as
proposições derivam de uma premissa principal: o antiempreendedor sabe que pode não; ele não exige a liberdade de
poder transformar tudo em oportunidade.
Pode não responder à oportunidade, pode abster-se diante de uma possibilidade
de investimento; coloca-se na própria posição de possibilidade de ação e não de
obrigatoriedade diante da possibilidade mesma de realizar “empreendimentos”. O
antiempreendedor não força o virtual a atualizar-se.
1.1. A segunda premissa é esta: o antiempreendedor não
tem uma especificidade própria, uma natureza, uma substância, um eidos. Sua caracterização aqui é
realizada em diferenciação ao empreendedor; no entanto, muitas são as formas
possíveis de se colocar de modo diferente
à lógica empreendedora. Ainda assim, podemos traçar alguns pontos comuns
daquilo que pode se manifestar de formas tão múltiplas — muitos destes pontos,
a bem da verdade, aparecem ainda lidos através de uma gramática que utiliza os
termos daquilo que combate. O repertório próprio da impropriedade antiempreendedora ainda há de ser melhor investigado.
§
2. O
antiempreendedor desessencializa a
inovação como benéfica em si. Tal atitude não se coloca necessariamente como
apego à tradição ou amor nostálgico ou melancólico ao passado, trata-se antes
de uma posição de suspeita diante do pensamento que coloca a história como uma
linha ascendente em direção ao “progresso”, que encara o novo como necessariamente melhor que o anterior. O
antiempreendedor coloca-se numa posição de consideração séria em relação ao já
existente e ao que é ameaçado de ser extinto, escutando os ecos das tradições e
práticas e considerando-as em si mesmas, e não como meios ou empecilhos para
objetivos alheios a elas próprias. Ele está atento ao que cada tradição, cada
prática, cada técnica em si configura como mundo distinto dos outros, e não
como critério para avaliar a contribuição ou obstáculo que estas colocam a um
dado mundo já pensado como teleologia — o empreendimento para os
empreendedores. Assim, o antiempreendedor é capaz de amar a ruína, ao perceber
nela o convívio e a intrusão de diferentes camadas de tempo cuja hierarquização
é percebida como completamente arbitrária e destruidora das múltiplas
composições possíveis.
§
3. A “análise de
riscos” do antiempreendedor não se refere aos riscos privados de uma ação; não
se refere nunca aos riscos de insucesso ou da não geração de frutos de uma
atividade; ele não é um empreendedor “responsável” ou “consciente”. Seu
critério de avaliação tem como ponto de partida os efeitos em tudo aquilo que não é a sua atividade mesma; é atento à
maneira como sua prática pode afetar os outros mundos, sendo este o risco levado
em consideração para engendrar ou não uma ação.
§
4. O
antiempreendedor se distingue do empreendedor não por ser seu oposto simétrico,
por realizar um contraponto a cada um de seus atributos característicos; não se
trata, então, de oposição, mas de diferença radical, que pode ser manifesta por
lógicas simplesmente heterogêneas. Enquanto o empreendedor parte de uma
racionalidade homogênea que se apresenta em aparência
como uma heterogeneidade de práticas, o antiempreendedor tem uma racionalidade
disforme que pode ser invadida a qualquer momento por uma multiplicidade de
valores, éticas, códigos, substâncias, ontologias, produzindo uma composição
que se apresenta aos olhos dos outros como imprevisível, sem sentido, como
ausência de critério, ausência de método, ausência de racionalidade.
4.1. O antiempreendedor não é o duplo do empreendedor, mas o seu avesso. É a sua “antimatéria”, aquilo que neutraliza toda a sua
lógica e o regime de avaliação daquilo que se entende por “realidade”. Na
física quântica, o encontro entre matéria e antimatéria promove um mútuo aniquilamento, uma neutralização em que ambas deixam de
existir. Tal analogia nos aproxima da operação, ou inoperosidade, do
antiempreendedor. Se por duplo entenderíamos,
por exemplo, a figura do loser, o seu
complemento opositivo, mas que compartilha de uma mesma semântica comum, donde
poderíamos dizer sobre ele: aquele que só é
em referência a, por avesso pensamos a figura que inopera
todos os gradientes deste regime, do empreendedor ao seu duplo. Diferente do loser, que,
ao buscar negar o outro (o empreendedor), afirma a si mesmo enquanto novo
projeto e modelo teleológico, o antiempreendedor é aquele que, ao negar o
outro, também experimenta a sua própria autonegação, abrindo, desta forma, um
novo tempo.
§
5. O
antiempreendedor não é flexível às mudanças impostas por um télos desde sempre separado dele mesmo;
é atento a tudo que povoa os mundos e compõe as diferentes formas-de-vida; percebe
assim a variedade de inclinações possíveis quanto a estas formas — o
empreendimento e o empresariamento da vida apresentando-se como uma variedade
de possibilidades apenas em aparência, mas constituindo-se como imposição de
uma teleologia uniforme que fundamenta uma certa ontologia surda e cega, ao
mesmo tempo que ensurdecedora. Ele, portanto, percebe que os vários mundos são
simplesmente distintos, mas não hierarquizáveis, e coloca-se contra todos
aqueles critérios que posicionam alguns mundos em superioridade em relação a
outros, o que possibilita a destruição dos considerados inferiores — o
empreendimento capitalista como o principal critério que leva à destruição de
todos os mundos que se colocam, em suas singularidades, como obstáculos à
finalidade do próprio capitalismo.
§
6. Deste modo,
se o empreendedor é a figura central para a continuidade do funcionamento da
economia, o antiempreendedor tem um papel destrutivo em relação à ordem
econômica, seja por um desejo explícito e declarado de assim fazê-lo ou pela
mais absoluta indiferença ou “desatenção” ao funcionamento desta ordem. Sua
ação denuncia (por mostrar outro modo possível), desmistifica, desencanta (como
quem quebra um encanto de magia negra) a própria artificialidade da economia. A
destruição operada pelo antiempreendedor é, no entanto, bastante diversa da
destruição promovida pelo empreendimento capitalista; enquanto este promove um
achatamento dos outros mundos possíveis, o antiempreendedor abre estes mundos
ao destruir aquilo que os mantinha confinados a uma lógica heterônoma, e que
portanto hierarquizava estes mundos colocando-os para servir a propósitos
alheios a eles próprios. O antiempreendedor liberta as ontologias e não as
submete a propósitos de terceiros.
6.1. Cabe aqui a estabelecer a diferença entre mundos e visões de mundo, ou entre ontologias e epistemologias. Talvez seja
arriscado pensar o antiempreendedor neste terreno, uma vez que, desta forma,
ele pode estar servindo como um denominador comum por demais amplo; ainda
assim, pode ser interessante situá-lo desta maneira, já que o empreendimento capitalista
se mostra desrespeitoso e destrutivo em relações a estes outros mundos e outras
visões. Quando se fala de mundo, como
se fala, por exemplo, do mundo ocidental,
fala-se de uma composição de actantes que engendram uma determinada organização
básica — um determinado kosmos — que
é tomada como ponto de partida, ainda que muitas vezes não se perceba tal a priori enquanto passível de ser
deslocado, ou pelo menos com facilidade. O mundo ocidental, neste caso,
compreende a existência de uma única realidade capaz de ser apreendida de modo
objetivo; uma única natureza e diversas formações culturais, ideológicas, socioeconômicas
possíveis. O mundo, para os índios amazônicos yanomami, por exemplo, é diferente; é
monocultural e multinatural, ou pelo menos essa é a visão que conseguimos fazer
deles, ao considerar que a humanidade é algo compartilhado por todos os seres:
as onças, os rios, as plantas, os potes de barro, as estrelas etc., e que cada
um apresenta uma natureza distinta, com seu povo e sua imagem espiritual
correspondente (os xapiris), o que tira "o homem" da centralidade e
de sua importância autoimposta e autoreferida diante dos outros seres e coisas:
homem, senhor de todas as coisas, suprassumo da criação. Pensar que este
mundo (o nosso mundo, ocidental) é composto por uma série de práticas,
técnicas, rituais, saberes etc., é abri-lo para a capacidade de abarcar uma
série de visões de mundo, uma vez que
cada uma destas técnicas, saberes ou práticas podem constituir epistemologias
distintas e, portanto, perspectivas sobre tal mundo, que, entretanto, se mantém
fixo em seu estatuto mononatural. A distinção mesma entre natureza e cultura só
é possível em determinada configuração de mundo. Quando se trata de pensar em
mundos outros, a questão é atentar-se
ao fato de que, ao assim procedermos — realizar a distinção entre ontologia e
epistemologia, entre o que é (o que é
tomado como sendo) e como se vê (a
partir do que se vê) — ainda estamos inseridos nesta ontologia ocidental
que permite esta bifurcação no pensamento. Atentar-se a outras ontologias, a
outros mundos, é talvez tentar perceber que estes mundos podem não ser
compostos das mesmas materialidades e categorias intangíveis (cultura,
ideologia, teleologia, economia) do nosso mundo. Mundos, portanto, que não
seriam constituídos por “técnicas”, “saberes”, “ideologias”, “linguagem”, mas
por outras coisas. O que uma certa antropologia faz — ou pode fazer, então — é
perceber alguns efeitos destes outros mundos sob nossas lentes, ou até
acessá-los, mas o retorno, quando
existe, e a tarefa de transcrevê-los ou traduzi-los parece (quase?) sempre
terminar por utilizar nosso repertório ontológico, por mais vasto
epistemologicamente que seja. Ainda assim, é extremamente possível — bastante
provável, aliás — que mesmo as nossas variadas e abertas epistemologias possam
estar em desacordo com estes outros mundos. Pensando em uma antropologia
ficcional, trata-se de tentar encantar elementos de muitos mundos — do nosso e
de outros — a fim de criar um personagem conceitual que não existe em si mesmo,
mas, ainda assim, como várias ficções produzidas pela ontologia ocidental que
também não existiam — o homo economicus,
a raça ariana, “o” judeu, “o” mulçumano, o homo
sacer, o escravo, o anormal, o doente mental etc. —, possa produzir
realidades concretas, realidades bastante distintas das produzidas pelas
ficções hegemônicas. A tentativa aqui é criar um personagem, dentre vários outros com critérios e combinações
possíveis. Diante da não especificidade do próprio antiempreendedor, e,
portanto, de seu amplo espectro, este pode ser composto de diferentes mundos em
diversos graus, podendo transitar entre ontologias, não importando a
adjetivação que se produza sobre ele, de um hacker a um pai de santo, de um
monge budista a um black block, de um
ator a um xamã indígena. Como dito anteriormente, o critério para a criação deste personagem é a diferenciação
frente a um outro modelo ficcional — o empreendedor — que, como toda ficção, é
real, sendo capaz de produzir efeitos que reverberam neste e em outros mundos.
O que se quer tentar evitar com a construção deste modelo não é a guerra entre mundos,
mas a destruição de todos os outros mundos por um.
§
7. Se o
empreendedor se coloca numa falsa relação de oposição ao Estado — afirma que o
Estado é seu inimigo e um obstáculo à sua atividade, mas precisa que sua
exigência seja ouvida ativamente por este, bem como usufrui das funções da
polícia e do direito de propriedade —, o antiempreendedor denuncia a cópula
entre Estado e Economia que se mostra conflitante apenas em sua epiderme
visível. Por esta razão, o antiempreendedor é também um negador do Estado em
sua guerra explícita contra este ou em sua indiferença frente a ele, ao mesmo
tempo em que é criador de algo outro.
7.1. Os processos de negação/destruição da ordem estatal
e capitalista, bem como aquele de criação de outra coisa, não são fases consecutivas um em relação ao outro, nem
instâncias separadas. A negação se dá na inoperância, seja através de um outro
modo de fazer ou de um não fazer, que se demostra de forma afirmativa, positiva. O combate do antiempreendedor
tem assim a forma de uma afirmação de um outro modo de viver, razão pela qual
negação e criação se colocam como os dois lados de uma fita de Moebius, que na verdade
possui um só. Tal afirmação não se coloca enquanto projeto ou meta, mas
exposição da vivência de uma singularidade.
7.2. Se no mundo
do empreendimento capitalista a atividade ou mesmo passividade do
antiempreendedor — o seu conduzir-se — é muitas vezes encarada enquanto crime,
isto se deve ao fato de que, num mundo onde tudo que era concreto se desmanchou
no ar e transubstanciou-se em dinheiro, a abstração torna-se lei, e a vivência
do concreto pelo concreto, sem intermediações, representações ou anteparos
imagéticos torna-se crime. O antiempreendedor é, no entanto, indiferente àquilo
que é imposto como crime ou não crime; sua ação é aquela da
concretude das coisas da vida, e simplesmente não reconhece esta divisão
estabelecida pela imposição forçada de uma lógica heterônoma.
§
8. Ainda em
comparação com a figura do empreendedor, o antiempreendedor é algumas vezes
visto como extremamente passivo, isto
porque ele despreza a atividade pela
atividade em si. O antiempreendedor não é um inquieto que está sempre
inconformado com a situação presente de seus recursos, mas alguém que é capaz
de interromper o andamento destes fluxos que se colocam como imperiosamente
ascendentes. O antiempreendedor é aquele que interrompe estes fluxos e pode não colocar nada em seu lugar.
§
9. Aos olhos dos
demais, o antiempreendedor é um inadaptado, sendo avesso às noções de
competitividade e concorrência em todos os campos da vida. É por vezes visto
como um ingênuo ou imaturo, podendo outras vezes ser visto como insistente,
inflexível, teimoso ou mesmo perigoso. Seu modo de ação algumas vezes
transparece como de uma gratuidade espantosa ou de uma “irracionalidade”
econômica e contábil, conforme alguns. Suas ações podem ser pautadas por
quaisquer outros valores divergentes do interesse em ganhos individuais, do afã
de lucro e da lógica da concorrência. As ficções econômicas dominantes só
compreendem a atividade do antiempreendedor conforme seus próprios termos, por
isso a concebem como uma ação desinteressada
economicamente — tanto do ponto de vista financeiro quanto dos ganhos pessoais
imateriais e sem expectativa de qualquer retorno mensurável ou plausível. Nesse
sentido, os economistas podem conceber sua ação, em alguns casos, como
genuinamente solidária, embora, conforme eles próprios, causadora de
“prejuízo”, sob a ótica de desinvestimento
nos próprios recursos.
§
10. A relação
estabelecida entre o antiempreendedor e seu pensamento, suas emoções, suas
aptidões, afinidades, bem como com as pessoas e os objetos materiais que o
cercam não é pautada pela noção de propriedade.
Entre ele e estes demais elementos actantes há uma relação de uso, de ambas as partes. O
antiempreendedor pode também ser usado
pelas aptidões, pelos objetos materiais, pelas emoções, inoperando a dicotomia
sujeito/objeto.
10.1. Por uso compreende-se
não apenas uma forma de contato outra com as coisas que não seja a mediada pela
propriedade, mas também uma lógica de anticonsumo: por isso entende-se não a
negação do consumo (repressão), nem, obviamente, consumo desenfreado (excesso)
ou “consumo sustentável”; trata-se antes de consumir o consumo, consumir sua
lógica, algo semelhante ao que foi proposto nessas palavras por Hélio Oiticica.
Ao usar as coisas, em vez de
consumi-las, o antiempreendedor não as esgota.
§
11. O uso e a
inoperosidade do antiempreendedor destituem o tempo de sua fusão com a
mercadoria e desativam a distinção entre tempo útil e tempo ocioso. Ainda que a
utilidade tenha promovido a indistinção do tempo de trabalho e do tempo de
lazer, o antiempreendedor liberta o tempo de qualquer função ou meta, tornando
mesmo inconsistente a noção de ócio, uma vez que ao ócio não contrapõe um outro
tempo de uma função ou atividade impositiva. Não há tempo livre para o antiempreendedor uma vez que não há um momento
de tempo em que ele esteja ocupado
com algo que não diga respeito à sua inclinação própria — o tempo do comer, do
dormir, de alguma atividade, de algum ritual, nada disso é compartimentalizado
e colocado a serviço de propósitos alheios, seja a mercadoria, o sacrifício
para o investimento, o consumo enquanto investimento, enquanto acréscimo de si
etc. O antiempreendedor não antevê. Ele é aquele que está presente em cada momento e não toma este
seu presente como um meio para um fim futuro. Cada composição realizada
pelo antiempreendedor com o tempo é decorrente de sua forma-de-vida,
inseparável dele mesmo; ele vive uma heterocronia em relação ao tempo da
produção, do mercado e do dever.
§
12. O
antiempreendedor desprivatiza as
condições de vida; não se trata, com isso, no entanto, de uma publicização ou
espetacularização da intimidade. Ele é atento ao fato de que, numa situação de
amplo empresariamento da vida, o íntimo e o pessoal passam para a esfera
pública, tornando-se matéria de avaliação, exame e julgamento moral e estético,
em seu sentido mais pobre; eis porque, diante disto, o antiempreendedor promove
uma certa “clandestinidade da vida privada”, ao mesmo tempo que alimenta a
criação de usos comuns das coisas e
dos corpos, indiferentes às divisões meritocráticas e à demarcação de posições
e tarefas típicas do empreendedor.
A continuar, de algum modo...
•
Roberto
Josino Medeiros
Graduado em Direito pela
Universidade de Fortaleza e Mestre em Filosofia, com ênfase em ética e
filosofia social e política, pela Universidade Estadual do Ceará. Desenvolve
estudos entre a filosofia, psicanálise e ficção.
Nota
da edição
Optou-se por manter o registo escrito original em
Português do Brasil.
Imagens
1. Jean dos Anjos. Série Abissais,
2017.
2. Jean dos Anjos. Série Ensaios para
demolição, 2015.
3. Filipe Acácio. Série Futuro
anunciado, 2017.
Ficha Técnica
Data de publicação: 11.02.2019